Literatura Asiática · Uncategorized

Cisnes Selvagens

#marzoasiatico nasceu pela mão de uma youtuber espanhola (Magrat AjosTiernos) há já alguns anos no universo online com o objectivo de divulgar e promover a literatura asiática. Muitos youtubers e influencers aderem a esta iniciativa todos os meses de março, enchendo os nossos feeds com capas e nomes de autores daquela região do mundo. Como a literatura asiática não é o meu forte, nunca participei. Até hoje.

“Cisnes Selvagens” já me tinha sido recomendado, mas só quando o vi numa banca da Feira do Livro é que decidi comprá-lo. Não sabia o que esperar, que é como eu gosto de entrar nas minhas leituras. E o que me esperava… Jung Chang conta-nos a história do século XX chinês, e mais propriamente a da ditadura comunista de Mao Tsé Tung, através de três gerações da sua família: avó, mãe e filha (ela própria). Ficamos a conhecer o período de autêntico terror por que passaram, com ênfase na Revolução Cultural, e as consequências que tal teve não só para os chineses, como também para o seu passado histórico e futuro.

Posso dizer que este foi um dos livros mais duros e importantes que já li. Jung Chang foi muito corajosa ao reviver tudo o que sofreu para que o mundo não esqueça. De notar que este seu livro é, ainda hoje, proibido na China. Não poderia recomendá-lo mais. Eis a minha contribuição para o #marzoasiático. A partir de agora, vou ler o que quiser, sem #.

Literatura Europeia · Uncategorized

Top Leituras 2023

Bom ano!

Foi-se 2023 e chegou 2024 e, com ele, novos objectivos de leitura. Desde que em 2018 comecei a registar os meus livros na plataforma Goodreads que me é mais fácil controlar a minha vida literária. Registo as leituras que vou fazendo, as que quero fazer e leio as opiniões das pessoas que sigo.

A minha meta vai mudando ao longo do tempo por diversos motivos. Já esteve nos 45 livros por ano, nos 30, e por ora encontra-se confortavelmente nos 35. Foi precisamente este o total que li o ano passado, sendo que 8 obras se estabeleceram como as minhas preferidas. Ei-las:

  • “O Palácio de Gelo” (1963), de Tarjei Vesaas
  • “A Trilogia de Copenhaga” (1967/71), de Tove Ditlevsen
  • “Beleza” (2009), de Roger Scruton
  • “O Conde de Monte Cristo” (1844), de Alexandre Dumas
  • “Terna é a Noite” (1934), de F. Scott Fitzgerald
  • “Reunion” (1971), de Fred Uhlman
  • “A Casa da Alegria” (1905), de Edith Wharton
  • “Diário de um homem supérfluo” (1850), de Ivan Turguéniev

Dois clássicos modernos escandinavos, um livro de não ficção, um clássico francês obrigatório, dois clássicos americanos, um clássico alemão e um clássico russo. Não há dúvida: a minha preferência é de facto a literatura clássica ocidental. E apesar de nenhum destes livros ter entrado para a lista da minha vida, todos me marcaram de uma forma especial, fosse pela novidade do tema, fosse pela escrita.

Como menção honrosa não posso deixar de referir a tetralogia das quatro estações de Karl Ove Knausgard, que me fez companhia ao longo do ano, pois li um livro por estação. Gostei muito de conhecer este autor norueguês naquele que foi, por excelência, o meu ano de literatura escandinava. Já tenho a sua série mais famosa, “A Minha Luta”, na estante para ler.

Em conclusão, 2023 foi um bom ano de leituras, apesar de infelizmente não ter havido nenhum coup de coeur. Estou igualmente satisfeita com o número total de livros que li, neste momento é o que a minha vida e rotinas diárias permitem fazer. Espero que o vosso ano literário também tenha sido positivo e desejo-vos um excelente 2024, cheio de saúde e amor, e, claro, óptimas leituras!

Literatura Russa · Uncategorized

Diário de um Homem Supérfluo

Gosto muito de literatura russa. O meu escritor russo preferido é Dostoiévski, cuja casa-museu tive a oportunidade de visitar em São Petersburgo (com artigo próprio aqui no blogue), mas também gosto de Tolstoi (apesar de ainda não ter lido as suas obras-primas), Gogol, Nabokov, Tchékhov, Pasternak… Entretanto, fiz a minha estreia com Ivan Turgueniev.

Escolhi “Diário de um Homem Supérfluo” (1850) pela sua brevidade (88 páginas) e pelo seu título incomum. O diarista, Tchulkatúrin, é um rapaz de 30 anos com uma doença terminal que decide deixar por escrito, a quem interessar, os momentos mais importantes da sua vida. Começa por falar da triste infância para se concentrar no episódio que mais o marcou: o seu amor por Liza. Este romance não correspondido é o detonante da sua tristeza e da razão do título, numa altura em que a teoria do niilismo começava a aparecer, O mais irónico, ou não, é que Tchulkatúrin é a única personagem verdadeiramente boa e que tenta fazer o bem, e, como consequência disso, é tratado como supérfluo, ou seja, alguém que não faz falta e está a mais. Agora, escrevendo assim, não posso deixar de pensar em Gregor, a personagem principal de Kafka em “A Metamorfose” (1915).

Gostei muito desta leitura. É um daqueles casos em que se diz muito com poucas palavras. Já tenho à espera outras três obras do autor: “Águas de Primavera”, “Fumo” e a que é considerada a sua obra-prima, “Pais e Filhos”. Mal posso esperar para lê-las.

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A Toupeira

O final do verão pediu um romance policial para ler na praia, pelo que escolhi um dos livros que comprei este ano na Feira do Livro de Lisboa e que andava a namorar há algum tempo: “A Toupeira” (1974), de John le Carré. Foi o meu segundo livro do autor após ter lido “O espião que veio do frio” (1963), há uns anos.

O enredo é simples: há uma toupeira nos Serviços Secretos Ingleses que anda a passar segredos de Estado à Rússia, o maior inimigo do Ocidente aquando da Guerra Fria, momento em que decorre a acção. O presidente dos Serviços Secretos, o Control, sabe que assim é, mas não consegue descobrir de quem se trata. Após a sua morte, a nova direcção manda chamar George Smiley, um antigo ex-agente a “desfrutar” da reforma.

Escrito assim parece um livro simples. No entanto, não é. A escrita de le Carré é intricada e a sua maneira de narrar nem sempre é fácil de seguir, pois a estrutura que utiliza não é linear, exigindo, por vezes, um grande esforço de concentração por parte do leitor. De igual modo, e numa boa história de espiões, vão surgindo várias personagens ao longo da trama que complicam a intriga e nos fazem ponderar tudo o que já lemos de modo a tentarmos descobrir a verdadeira toupeira.

Gostei muito deste livro. Mais uma vez, le Carré conseguiu transformar uma narrativa aparentemente pouco original num grande livro de espiões, cheio de História, e sem clichés, sem lugares-comuns, sem evidências. É um livro do seu tempo que ultrapassa os limites da sua temporalidade e que pode ser perfeitamente apreciado por um leitor do século XXI. Tal como foi por mim. Recomendo.

PS: Vi a adaptação cinematográfica de 2011, de Tomas Alfredson, e não gostei. Achei o filme trapalhão, pouco explicativo e atabalhoado. Creio que uma pessoa que não tenha lido o livro não entende a história e uma que leu vê que esta foi completamente trucidada. Não recomendo.

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Verão

Edith Wharton era para mim uma desconhecida até eu ter pegado em Ethan Frome (1911), um dos melhores livros que li em 2022. Entretanto li A Casa da Alegria (1905), que também adorei, e Verão (1917) pareceu-me mais do que adequado para esta altura do ano.

A protagonista do romance é Charity, uma jovem rapariga que mora em casa do Sr. Royall, o advogado da pequena cidade americana onde vivem. Charity veio da Montanha, uma parte recôndita daquela terra onde as pessoas não civilizadas escolheram viver, trazida por Royall e criada pela sua mulher como se de uma filha se tratasse. Quando a Sra. Royall faleceu, Charity começou a trabalhar na biblioteca local, recusando a oferta de ir para um internato, o que agradou ao Sr. Royall, pois assim conservava a sua companhia. No entanto, Charity detesta a aldeia, detesta o Sr. Royall, detesta a biblioteca onde ninguém vai, detesta tudo. Até que aparece Lucius Harney, um jovem arquitecto de Nova Iorque…

Apesar de a trama ser simples e pouco original, a escrita e o final de Wharton dão um tom tão especial ao livro que o transformam quase automaticamente num clássico. Apesar de não ser simpática nem afável, é impossível não gostarmos de Charity nem de compreendermos os seus problemas e sonhos. Mesmo o Sr. Royall que a princípio nos parece grotesco, vai crescendo na nossa consideração. A história vai evoluindo e o final não poderia ser diferente daquele que Wharton escolheu.

Gostei muito desta leitura. Edith Wharton está seriamente a tornar-se uma das minhas escritoras preferidas, tanto que já comprei mais três livros seus para ler: A Idade da Inocência (1920); A Son at the Front (1922); e The Custom of the Country (1913). Promessas de leitura que não tardarão a ser cumpridas. Recomendo vivamente.

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A Casa em Paris

Nunca tinha ouvido falar em Elizabeth Bowen, porém, as promoções da Relógio d’Água, tal como o título sugestivo do livro, aguçaram-me a curiosidade. Mais tarde, reparei que a autora tinha duas obras na lista dos 1001 livros a ler antes de morrer, o que bastou definitivamente para me convencer a lê-la.

A Casa em Paris (1935) é um romance um pouco atípico pela forma como está estruturado. A acção decorre num único dia, numa casa em Paris, onde encontramos duas crianças, Henrietta e Leopold, que não se conhecem e lá se encontram por razões distintas. Henrietta está em trânsito, pois vai a caminho de casa da avó, e Leopold espera encontrar-se com a mãe, que nunca conheceu. Após as apresentações, o tempo regride para o passado, onde ficamos a saber a história de Leopold e os motivos verdadeiros que o levaram até ali.

Apesar de a escrita de Bowen nem sempre ser a mais fácil de seguir, a verdade é que gostei muito deste seu livro. Trata-se de uma história complexa e dramática que hoje provavelmente não teria consequências de maior, mas que naquele tempo lidava com valores como a honra, dignidade ou decoro. Gostei sobretudo do final, em que a maturidade e o sentido de responsabilidade têm um papel preponderante.

Estarei mais atenta à publicação das obras da escritora britânica no futuro e, claro, recomendo A Casa em Paris para quem quiser familiarizar-se com a obra de Elizabeth Bowen (1899-1973).

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Norte e Sul

A meu ver, o século XIX inglês foi um dos períodos mais interessantes da História Ocidental. Tiveram lugar muitos marcos importantes nestes 100 anos: a escravatura foi abolida, deram-se a primeira e a segunda revoluções industriais, houve uma urbanização massiva do campo para as cidades (o que levou à urbanização das mesmas), o Império Britânico conheceu um enorme crescimento de território resultando numa globalização sem precedentes, Napoleão foi derrotado e exilado, Jane Austen publicou Orgulho e Preconceito.

Foi também neste século que Elizabeth Gaskell, grande amiga de Charlotte Bronte e autora de uma das suas mais completas biografias, publica a sua obra-prima: Norte e Sul (1854).

Margaret, uma jovem culta e inteligente, vive com os pais e uma empregada numa pequena cidade campestre do Sul onde o pai tem um lugar privilegiado como pastor anglicano. Um dia, o pai revela-lhe que sente dúvidas em relação à sua vocação e resolve deixar o cargo e partir com a familia para o Norte industrial, onde trabalhará como tutor particular. Margaret fica desgostosa com a decisão. Não gosta do Norte, das fábricas, do fumo, das gentes pobres exploradas pelos patrões, nem dos sindicatos. É lá que conhece o Sr. Thornton, um reputado industrial têxtil que gere a sua fábrica com mão de ferro. As diferenças entre os dois são óbvias, porém eles acabam por sentir respeito e atração um pelo outro.

Um dos pontos fortes deste livro é a sua honestidade intelectual. Elizabeth Gaskell reflecte sobre a sua contemporaneidade e dá ao leitor os dois lados da moeda. Não defende nem uma visão nem outra, limita-se a explicar o que ocorria e deixa que o leitor decida de que lado está. Ao mesmo tempo concentra-se na personalidade e maneira de ser das personagens e desenvolve-as de maneira a que o leitor não veja, por exemplo, o industrial, mas o Sr. Thornton e a posição que este ocupa.

Gostei muito desta obra. A escrita é simples e sofisticada, embora possa por vezes ser repetitiva. A história está muito bem explicada, os acontecimentos fazem sentido, e, apesar do final ser previsível, é satisfatório e até tem uma pontada de humor.

Elizabeth Gaskell consagra-se assim como uma das grandes autoras do século XIX. Norte e Sul passa a ser leitura obrigatória para quem quiser aprender sobre a Revolução Industrial inglesa e as suas consequências sociais, e junta-se à literatura clássica do século timbrada por Jane Austen e as Irmãs Bronte. Recomendo.

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Anne of Windy Willows

E o quinto livro da série Anne of Green Gables (Ana dos Cabelos Ruivos, em português) está oficialmente lido!

Enganei-me na ordem da série e li o quinto (Anne’s House of Dreams) antes do quarto (Anne of Windy Willows) mas pouca (ou nenhuma) diferença me fez.

Em Anne of Windy Willows, de L. M. Montgomery, Anne, já formada, decide aceitar o cargo de diretora da escola secundária de Summerside enquanto espera que Gilbert termine os seus estudos de medicina, em Kingsport. Passará ali os três anos seguintes da sua vida. O livro tem uma estrutura praticamente epistolar, está dividido entre capítulos formados por cartas que Anne envia a Gilbert a contar como vai a sua vida, e capítulos onde um narrador não participante nos relata episódios vividos por ela própria.

Alguns leitores da série dizem que este quarto volume é aborrecido e irrelevante para compreender o percurso da nossa heroína. Eu discordo totalmente. É neste livro que vemos Anne a ter as suas primeiras experiências como professora, a desenvolver (ainda que por carta) a sua relação com Gilbert, e a antecipar a sua próxima etapa como esposa e mãe. Estes três anos não são apenas um importante período de transição entre a menina cheia de sonhos e a mulher trabalhadora e noiva já segura de si, também nos mostram como a sua personalidade amadurece e o seu carácter se reforça.

Já sofro por saber que só me faltam três livros para terminar a série. L. M. Montgomery criou uma personagem fascinante que tem o dom de nos mostrar que, apesar de mau, o mundo também tem muitas coisas boas que vale a pena explorar. Anne faz na ficção o que faz na realidade: dá esperança àqueles que têm a felicidade de cruzar o seu caminho. Recomendo.

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Do Lado de Swann

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Sempre quis ler Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust. Há alguns anos que tenho a série completa da Relógio D’Água, traduzida por Pedro Tamen (o meu primeiro exemplar está inclusivamente autografado pelo tradutor), e decidi começar a lê-la, um livro por ano.

Do Lado de Swann (1913), o primeiro volume, está dividido em três partes. Em “Combray” um jovem Marcel conta-nos como passava os dias em casa da tia paterna, em Combray (nome fictício para a pequena cidade de Illiers que mais tarde se auto-rebatizou de Illiers-Combray em homenagem ao escritor), como era a sua família, os vizinhos e a paisagem local. Refere um grande medo de adormecer sem que a mãe lhe dê um beijo de boa-noite, confessa que ao comer uma madalena se recordou de muitas memórias de infância, e fala ainda de um vizinho, Swann, que era por vezes recebido pelos seus pais.

Na segunda parte, “Um Amor de Swann”, o autor concentra-se neste personagem. Charles Swann não era membro da aristocracia nem da alta burguesia, apesar de ser respeitado e recebido em algumas casas. Apaixona-se por Odette de Crécy, uma mulher vulgar e libertina, por quem sente muitos ciúmes e tormentos. Ela parece não corresponder como ele ao amor de ambos e acaba por mostrar-se desinteressada ao ponto de desaparecer. A grande conclusão a que Swann chega, e que é a beleza deste capítulo, é a de que perdeu tempo e energia com uma pessoa que não lhe merecia essa dedicação.

Na terceira parte, “Nomes de Terras: o nome”, encontramos um narrador mais velho e desejoso de um tempo passado que não mais voltará. Num desfile acaba por reencontrar personagens (como um amor de infância) que o leitor não esperava encontrar.

Do Lado de Swann é um grande livro. Proust descreve em 450 páginas a saudade, a nostalgia, a memória, a recordação e o apreço que temos pelos objetos e pessoas que vão fazendo parte da nossa vida. A sua escrita não é a mais fácil de seguir. É muito descritivo, faz inúmeras comparações, pausas e parêntesis. Trata-se de uma história muito densa que precisa da máxima concentração do leitor. Tive de reler frequentemente trechos que já tinha lido porque me distraí e perdi o fio à meada. Contudo, se persistirmos na leitura acabamos com uma grande sensação de preenchimento e com imagens que farão parte do nosso imaginário durante um longo período de tempo.

Foi o primeiro de uma série de sete volumes que vou decididamente prosseguir.

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Anne’s House of Dreams

AnnesHouseOfDreams

Quando era pequena via muitos desenhos animados na televisão: Kissyfur, Pif e Hercule, Inspector Gadget, As mulherzinhas, Zorro, A Floresta Verde, Joaninha, Bocas, e, é claro, Ana dos Cabelos Ruivos.

Só relativamente mais tarde é que descobri que a série animada Ana dos Cabelos Ruivos era uma adaptação de uma série de literatura juvenil da autora canadiana, Lucy M. Montgomery. O primeiro livro, Ana dos Cabelos Ruivos (1908), está traduzido em português, os restantes não.

Esta série acompanha a vida de Anne Shirley, uma orfã de 10 anos que é enviada por engano para casa dos irmãos Marilla e Mathew Cuthbert e que acaba por ficar devido à sua atitude positiva perante a vida e ao seu bom coração. Anne mostra um grande potencial e os irmãos, já com alguma idade, incentivam-na a frequentar a escola para a jovem conseguir ter um futuro melhor do que aquele que em princípio lhe está reservado. A partir daqui seguimos toda a vida de Anne até aos seus 50 anos.

Não direi muito mais para não estragar os livros, mas refiro que neste em particular, Anne´s House of Dreams (1917), Anne está a iniciar o seu percurso de jovem mulher adulta. Pelo caminho vive coisas boas e más, e perde e ganha amizades e amores. A sua atitude perante tudo o que lhe ocorre é fascinante e, apesar de mais madura, conserva sempre o positivismo, a bondade e a inteligência a que nos tem habituado. É um autêntico prazer fazer parte do seu mundo. Quando terminamos o livro ficamos com a sensação de que se a nossa realidade tivesse mais pessoas como Anne, seríamos todos um pouco mais felizes.

Já li os primeiros quatro livros da série e lerei certamente os quatro que faltam. Visito esta história adorável uma vez por ano, normalmente no verão, e espero voltar a fazê-lo em 2021. É a leitura perfeita para quando queremos submergir em algo bonito que nos transporte para um “mundo ideal” no qual muitos de nós, eu incluída, não nos importaríamos de viver. Recomendo.