Arte · Literatura Europeia

Peter Paul Rubens

Rubens

Sempre gostei muito de pintura. Desde pequena que frequento museus e me interesso por saber sobre a História da Arte e os seus movimentos artísticos. Há pouco tempo, comecei a ver um documentário na televisão sobre a Guerra dos 30 Anos e descobri, para meu espanto, que o pintor flamengo Peter Paul Rubens (1577-1640) fez parte dela… Como espião.

Durante a sua vida, Rubens gozou de uma popularidade imensa devido aos brilhantes quadros que pintava. Começou a desenhar ainda pequeno e desenvolveu a sua arte a tal ponto que era um dos pintores preferidos da aristocracia. Era tão popular que para conseguir dar resposta aos pedidos montou um atelier com aprendizes que o ajudavam a pintar os seus quadros. Um deles foi o também aclamado Van Dyck.

A sua fama fez com que a rainha Isabel de Espanha (que no início do séc. XVII governava também o sul da Holanda, de onde Rubens provinha) angariasse os seus serviços como espião/diplomata. A ideia era fazer com que Rubens espiasse e fizesse acordos com nações inimigas quando fosse chamado a uma dessas cortes para pintar os retratos de reis. O pintor tinha uma personalidade agradável e era muito sensato, pelo que foi quase sempre bem sucedido nas suas missões. O seu grande objetivo foi a paz na Europa e “lutou” por ela até ao fim dos seus dias.

Enquanto artista, Rubens destacou-se no movimento Barroco, onde os exageros, as formas generosas das mulheres e a sensualidade são as maiores características. Pintou quase todos os temas: religiosos, míticos, cenas de guerra, cenas campestres, paisagens de cidades, retratos de família, de grandes personalidades e auto-retratos. Em todos eles era um mestre. A sua segunda mulher, Helena Fourment, foi a sua grande musa. Casaram quando ela tinha 16 anos e ele 53, tiveram cinco filhos e foram felizes naquela que foi a última década de vida do pintor. Quadros como Os Horrores da Guerra (1637-38), As Três Graças (1636-38); e O Casaco de Peles (1638), por exemplo, têm-na como protagonista. No Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa, encontra-se um dos seus retratos feitos pelo marido.